segunda-feira, 5 de agosto de 2013

SOTERIOLOGIA PARTE 3.

Outro elemento fundamental na salvação é a eleição divina. O homem não é incapaz de operar a sua própria salvação, embora ele tenha de participar pessoalmente, movido por Deus, reagindo favoralmente à ação redentora de Deus. Portanto, antes que o pecador possa responder ao chamado para a salvação, Deus já tomou a iniciativa de salvá-lo. A primeira controvérsia sobre a eleição surgiu entre Agostinho e Pelágio, no final do século IV. Pelágio sustentava que cada pessoa tem o livre arbítrio para escolher o bem e o mal, para aceitar ou rejeitar a salvação. Agostinho, por outro lado, estava convecido de que, como resultado da queda, o ser humano, no estado natural, não tem a capacidade de vir a Deus sem a intervenção divina. A vontade humana é escrava do pecado, não é livre com respeito à salvação. Portanto, sem uma obra especial de Deus para libertar a vontade humana, ninguém pode ser salvo. Para Agostinho, esta obra especial é a eleição, isto é, a decisão de Deus de conceder a graça para algumas pessoas específicas para libertar as suas vontades e criar as condições em que elas vão confiar em Cristo. A Igreja Católica condenou Pelágio e ficou com e ficou com Agostinho, na época, mas depois passou a dotar uma posição semi-pelagiana.

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